16 de novembro de 2010

Breve história do Rock Brasil

O Rock Brasil no formato que conhecemos hoje surgiu em 1982 com a "Blitz", banda que na época tinha em sua formação: Lobão, Evandro Mesquita e Fernanda Abreu, entre outros. Inclusive, o nome foi sugerido pelo próprio Lobão, devido às blitzes que a galera sempre levava da polícia.

Bem, mas você pode muito bem dizer que isso é um absurdo, que antes da Blitz tivemos Raul Seixas, Mutantes e O Terço. Entre as mais significativas. Sim, concordo com você em parte. Em parte, pois considero esse movimento um "Pré-Rock Brasil", pois naquele momento a cultura não estava ligada ao rock no Brasil. O tropicalismo tomava conta, juntamente como a Bossa Nova. O que tínhamos por aqui eram ecos do que acontecia nos EUA e apenas algumas pessoas começavam a difundir essa cultura.

Também considero que a carreira dos artistas acima citados não eram completamente rock.


Raul Seixas, em 1962 , montou a banda "Os Relâmpagos do Rock", que veio a se tornar "The Panthers" e finalmente gravou como "Raulzito e os Panteras". O grupo que era influenciado por Elvis e Bossa Nova, na verdade não trilhava o caminho do Rock, com letras românticas e guitarras dedilhadas o grupo não aconteceu na época. Tanto que Raul largou a banda e se tornou produtor de artistas como: Jerry Adriani, Renato e Seus Blue Caps, Trio Ternura e Sérgio Sampaio. Só depois em 1972 ele colocou "Let Me Sing Let Me Sing" na final do Festival Internacional da Canção. Mas Raulzito sempre caminhou pelo bolero, brega e baião.

"Os Mutantes" começaram a carreira em 1966 com o nome de "Six Sided Rockers", com Rafael, Arnaldo Baptista, Rita Lee Jones e Suely. Ainda em 66, gravam um compacto com o nome de "Os Seis" e são um fracasso total. Com a saída de Suely e Rafael, a banda troca o nome para "Mutantes". Em 15 de outubro de 66, se apresentaram no programa "Pequeno Mundo", de Ronnie Von. Seguindo uma carreira pontuada pelo experimentalismo e lisergia, bem no estilo do Pink Floyd de Syd Barret, os Mutantes estavam muito mais para o Progressivo do que para o Rock. Tanto que chegaram a ser dispensados da gravadora por não ter um sentido comercial na música, já que todas duravam mais de 7 minutos, isso por volta de 1972. Com a saída de Rita Lee, a banda entrou numa troca frenética de integrantes, que no fim levou a total descaracterização da banda, decretando o seu fim.


Já "O Terço", que surgiu em 1969 e tinha Vinícius Cantuária e Flávio Venturini em sua formação, começou por um caminho do Rock n’ Roll dos anos 60, mas enveredou pelo Progressivo e teve uma brilhante carreira. Lançando em 1975 um disco considerado por muitos até hoje o melhor do Progressivo nacional: o "Criaturas da noite", "Mudança de Tempo" (1978) e "Som Mais Puro" (1982) trazem a banda em um formato mais MPB após a saída de Venturini para formar o 14 Bis. A banda continua na ativa até hoje, seu último lançamento foi um tributo a Raul Seixas.

Por estes motivos volto na questão de que em 1982 a Blitz mudou os padrões do Rock Brasil. Temos alguns precursores que ainda não tinham qualquer influência sobre o público ou a mídia. Por exemplo, em 1980, Edgar Scandurra - hoje no "Ira!" - Tinha a banda "Subúrbio", que tinha em seu repertório o futuro sucesso "Pobre Paulista". Em 1980 o "Ultraje a Rigor" já estava montado, mas não ainda com esse nome. Somente em 1983 participaram do projeto "Boca no Trombone", do Teatro Lira Paulistana, em São Paulo, seu primeiro show só com composições próprias.
Em 1981 o "Barão Vermelho" já ensaiava na casa do baixista Dé, mas ainda sem um vocalista fixo, naqueles tempos, até Léo Jaime cantou com a banda. Cazuza só entraria no final daquele ano e o disco sairia no final de 1982, já na onda do Rock Brasil. Também em 1981, o "Kid Abelha e os Abóboras Selvagens" estava montado, mas somente em 1982 a banda é convidada pela WEA para uma coletânea chamada "Rock Voador". Logo depois, em 1982, "Pintura Íntima" sai em compacto e vende 100 mil cópias. 1981 marca também o início do "Azul Limão", que só iria ter sua formação estabilizada em 1983 e depois partiria para as gravações profissionais. "Os Paralamas do Sucesso" ainda estavam em Seropédica (RJ), no campus da Universidade Rural e o baterista ainda era o Vital. Barone só entraria em 1982 e o primeiro disco só sairia em 1983, "Cinema Mudo".

Pois bem, chegamos a 1982 , um ano crucial para o nosso Rock.



Após um compacto com excelentes vendagens, o single " Você Não Soube Me Amar" , lançado em julho de 1982. Um disquinho - que trazia a faixa principal no lado A e Evandro berrando "nada, nada, nada, nada!" no lado B. Quando o clipe da música foi parar no Fantástico , então, já era tarde - o rock brasileiro já havia chegado lá. O LP " As Aventuras da Blitz" , lançado dois meses depois, já sem Lobão na bateria, pela Som Livre, uma grande gravadora na época. Com uma vendagem de mais de 100 mil discos no primeiro mês, a Blitz mostrou que o Rock Brasil tinha público e podia receber o investimento das gravadoras. A banda que tinha fortes raízes no teatro com o grupo "Asdrúbal Trouxe o Trombone", levou para sua música a dramaticidade dos palcos. Os diálogos musicas de Evandro com Márcia e Fernanda atiçavam a imaginação do público. E pelos bairros o que mais se via eram conjuntos fazendo mímicas da banda. As guitarras eram rítmicas e marcantes. Ricardo Barreto, tecladista e arranjador da banda conseguia costurar as letras grandes e por vezes sem rimas com melodias pops e contagiantes, transformando a banda no maior fenômeno da música nacional até então. Lobão lançaria o seu solo "Cena de Cinema" logo depois, mas não conseguiu nem 1/10 das vendagens da Blitz.



O "Capital Inicial" e a "Legião Urbana" estavam se formando em 1982, com o fim do "Aborto Elétrico", Dinho Ouro Preto só entraria no Capital em 1983.



Em julho de 1982, o "Camisa de Vênus", lá em Salvador, lançava seu primeiro compacto, com as músicas "Meu Primo Zé", um Punk sujo e honesto e "Controle Total", um cover do "The Clash", mas o nome da banda impedia que eles conseguissem um contrato com uma grande gravadora, o que só viria acontecer em 1984.



Em Setembro de 1982, o "Barão Vermelho" lança seu primeiro disco, que entre as músicas havia "Ponto Fraco", que somente alguns discos depois seria sucesso em uma versão ao vivo, e "Todo Amor Que Houver Nessa Vida", que só apareceu na carreira solo de Cazuza. O disco foi ignorado por crítica e público. Dos poucos comentários da época o que se podia ouvir era que o disco não era comercial.



No fim de 1982, sai "Seu Espião", o primeiro do "Kid Abelha". Junto com a formação do "Ratos de Porão" que participava da coletânea "Grito Suburbano" e o primeiro disco feito na raça do Punk Rock em 1983, o clássico e inigualável "Crucificados Pelo Sistema". Um marco na musica independente deste País, mas isso é um outro papo.



Em 1982, ainda com um nome estranho e com nove integrantes, os "Titãs do Ie Ie Ie", faziam uma releitura da MPB, mas só em 1984, com a saída de Ciro Pessoa, que a banda consegue um contrato com uma gravadora, isso já na onda do novo Rock Brasil.



A partir de 1983 , a onda do Rock Brasil já invadiu todo o País e gravadoras e programas de televisão investem pesado nos artistas nacionais.



"Radio-Atividade" , daBlitz é lançado em 1983 com embalagem luxuosa - capa dupla, encarte separado, arte detalhada, etc. O segundo LP emplacou bem mais sucessos - Betty Frígida, Weekend, Ridícula e, em especial, a gozadora A Dois Passos do Paraíso , com a célebre leitura da carta da "Mariposa apaixonada de Guadalupe".



O "Barão vermelho" já está no segundo disco "Barão Vermelho 2, que de início não consegue boas vendagens, mas foi só Ney Matogrosso regravar "Pro Dia Nascer Feliz" que a banda volta a ocupar as listas dos mais vendidos. Na distante Bahia, o "Camisa de Vênus" lança o primeiro disco de rock fora do eixo Rio/São Paulo. Os "Inocentes" colocam o Punk Brasil na linha de frente depois do evento "O começo do fim do mundo" no SESC de São Paulo, e lançam "Miséria e Fome". Lobão solta seu segundo disco " Ronaldo Foi Pra Guerra" e conquista de vez seu espaço como um dos poucos artistas solo de Rock no País.

"Os Paralamas do Sucesso" assinam com a EMI-Odeon, uma multinacional muito poderosa na época e lançam "Cinema Mudo". Que depois levaria a banda à turnês até pela América do Sul. O "Ratos de Porão" já está em Turnê pelo Brasil e marca época no Circo Voador tocando junto com "Zona-X", "Lixomania", "Inocentes", "Psykose" e "Coquetel Molotov". No sul do País, Wander Wildner entra para "Os Replicantes" e mais uma região do País aparece com um Rock de primeira. Logo vieram os "Engenheiros do Hawaii" e o "Nenhum de Nós".

O Rock se espalha no Brasil e em Belo Horizonte os irmãos Cavalera, Max e Igor decidiram chamar seus amigos de colégio Paulo Junior e Jairo para montar uma banda. Logo nasceria o "Sepultura". E os "Garotos Podres" se apresentam pela primeira vez em Santo André.

1984 vai dando continuidade a toda essa história.

1984 foi ano de Blitz 3 , último disco da primeira fase da banda. Lançado com capa em versão vermelha, branca e amarela. Músicas como Eugênio, Egotrip (envolvida em acusações de plágio de Eu Me Amo , do Ultraje A Rigor), o blues carnavalista Cresci, Mamãe Cresci, Dali de Salvador e Taxi.

O "Barão Vermelho" inova na Praça da Apoteose, no Rio, no dia 15 de Setembro de 1984, junto com a Orquestra Sinfônica Brasileira e com o coro do Teatro Municipal, fazendo um rock-concerto fenomenal e ousado. E lançam o clássico "Maior Abandonado" que alcança o primeiro lugar em praticamente todas as listas de vendas do País. O "Camisa de Vênus" consolida sua carreira com "Batalhões de Estranhos"; lá podemos encontrar "Eu não matei Joana D’arc" e "Hoje".

Ainda em 1984, "Leve Desespero" chega à rádio Fluminense do Rio de Janeiro, era o "Capital Inicial" que saía do anonimato. Lá em Brasília, a "Legião Urbana" gravava sua primeira demo. Lobão já atacava até de ator no filme "Bete Balanço" com uma trilha sonora com a nata do Rock Brasil. Lobão teve sua maior vendagem até então com o sucesso da balada "Me chama".

"O Passo do Lui" mantém "Os Paralamas do Sucesso" em alta com uma balada Reggae/Ska, com esse diferencial e João Barone ganhando todos os prêmios de melhor instrumentista do Brasil. A Cogumelo Records contrata o "Sepultura" depois de assisti-los em um festival em Belo Horizonte. Os "Titãs" acontecem no Brasil inteiro com seu primeiro disco e o Hit "Sonífera Ilha". O "Ultraje", depois de muita luta, lança "Eu me amo/ Rebelde sem causa" em um compacto simples.

O "Sepultura" não estava sozinho na vanguarda da música extrema no País. O "Dorsal Atlântica", do Rio de Janeiro, lançava "Ultimatum", um disco extremo, rápido e a mais clara vertente Trash da música nacional até então.
Chegamos a metade da década mais criativa do Rock Brasil, 1985 .

No auge do sucesso, Cazuza briga com a banda e anuncia sua saída do "Barão Vermelho". Bom para o Rock Brasil que passa a ter agora dois artistas tocando o melhor do rock em língua portuguesa. O "Barão" havia acabado de tocar no Rock In Rio, junto com o "Kid Abelha". A gravadora CBS adquiria mais um artista do Rock Brasil para seu cast, o "Capital Inicial", lançando um compacto duplo e colocando música na trilha do filme "Areias Escaldantes".

Os "Engenheiros" aparecem na coletânea "Rock Grande do Sul" e a música "Sopa de Letrinhas" acaba sendo o maior destaque do disco. O "Ira!" inicia sua carreira profissional e como o Rock Brasil vai de vento em popa, "Mudança de Comportamento" é um grande sucesso comercial.

Foi também em 1985 que a maior banda de rock do Brasil lançou seu disco de estréia: "Legião Urbana". O disco chegou a impressionante marca de 710 mil cópias vendidas. "Os Paralamas" vêm logo na cola com "Selvagem?", vendendo 500 mil. Sai também o primeiro do "Sepultura" " Bestial Devastation".

Os "Titãs" lançam "Televisão" com a produção de Lulu Santos. Já com um status de banda grande, o disco sai com vários remixes e até um vídeo, fato raro na época. Toni Belloto e Arnaldo Antunes passam 26 dias presos por porte de Heroína.

Mas 1985 era realmente o ano do "Ultraje a Rigor". O disco foi o primeiro LP de rock nacional a conseguir discos de ouro e platina. Das 11 músicas do disco, 9 foram amplamente executadas e o Ultraje quebrou recordes de público em diversas casas de shows no Brasil inteiro. O disco se chamava "Nós Vamos Invadir Sua Praia".

1986, O ano da Estabilização.

O "Camisa de Vênus" continua na vanguarda do Rock Brasil e lança o primeiro disco ao vivo do nosso Rock, "Viva". é neste ano que Marcelo Nova conhece Raul Seixas e fazem uma apresentação juntos no Rio. Ainda em 86 a banda se destaca com os sucessos "Sinca Chambord", "Deus me dê Grana" e "Só o Fim", foi o auge da carreira da banda. O "Capital Inicial" tem seu primeiro disco totalmente censurado para menores de 18 anos. Foi a maior publicidade na época e o disco vendeu muito.

Os "Engenheiros" soltam seu primeiro disco lá no sul e conquista todo o Brasil. Humberto estava largando a guitarra e se dedicando ao baixo. Já que Marcelo saíra da banda e Augusto Links era o novo membro, estabilizando a formação do grupo. O "Ira!" continua muito popular com o disco "Vivendo e não Aprendendo". Já no "Kid Abelha", Leoni deixa a banda para montar o "Heróis da Resistência", por ciúmes de Paula Toller com Léo Jaime.

Este ano foi muito significativo para Lobão, depois de mais uma vez preso, foram oito vezes no total, lança "O Rock Errou" um disco forte, político e bem próximo do Heavy Metal. Na mangueira, onde passou a ser ritmista, foi recebido com festa e rajadas de metralhadoras. Ele era o novo mascote do Comando Vermelho.

O "Sepultura" dá seguimento a sua carreira já com fama internacional e lança "Morbid Visions". Os "Titãs" dão um novo rumo ao Rock Brasil com letras polêmicas e inteligentes. E ainda com uma produção nunca antes vista no nosso Rock. 1986 foi o ano de "Cabeça Dinossauro".

1987 . O barco começa a vazar água.

O "Barão" vem com "Rock’n’Geral". Que bem mais parece uma salada do que um disco, que se perde entre baladas e batidas pops. O "Camisa de Vênus" lança o primeiro disco duplo do Rock Brasil e anuncia o fim da banda. Na contra mão da decadência o "Capital Inicial" faz a abertura dos shows do Sting no Brasil, tocando para um público total de 400 mil pessoas. E tem a carreira deslanchada com o disco "Independência".

Cazuza assina com a Polygran e lança "Só se for a Dois", um disco com os dois pés na MPB. Já os "Engenheiros" lançam seu melhor disco da década "A Revolta dos Dandis", misturando filosofia e Rock n Roll e acertando em cheio no gosto do público e desagradando a todos os críticos musicais da época.

O "Kid Abelha" vem com o dançante, pop, eletrônico, mas nada rock "Tomate". Lobão continua com seu marketing de bandido. Foi preso de novo e lançou "Vida Bandida". Que já passeava pela MPB com "Chorando no Campo" e "Girassóis da Noite". Musicas compensadas por "Vida Bandida" e "Vida Louca Vida". Além do estrondoso sucesso de "Rádio Blá". O "Nenhum de Nós" lança seu primeiro disco, tendo que vir a São Paulo para gravar.

Os "Titãs" enfiam o pé na eletrônica e conseguem até uma boa vendagem, mas deixando o rock um pouco de lado. O "Ultraje" tem sua primeira troca de integrantes, com a entrada de Serginho Serra. Eles lançam o disco "Sexo", colocam música em abertura de novela, mas o disco não vende tanto quanto o esperado.

1988 - Perto do fim da década.

O "Barão" solta "Carnaval" e nada acontece. O "Camisa de Vênus" está desfeito. E Marcelo Nova inicia sua carreira solo. O "Capital" nos dá o desprazer do disco "Você não Precisa Entender", com um pop da pior qualidade. Cazuza produz muito, devido a doença, lançando dois discos e abraçando de vez a MPB.

Os "Engenheiros" se perdem com "Ouça o que eu Digo, Não Ouça Ninguém", Humberto já se achava o messias do Rock Brasil e viajava nas letras e arranjos todos muito complicados e pouco produtivos. No "Ira!" Edgar lança o seu primeiro disco solo "Amigos Invisíveis", a banda que também coloca uma música na abertura de novela, dá sinais de brigas internas, já que o disco "Psicoacústica" não consegue nenhuma repercussão.

Quem estava roubando a cena era a "Legião Urbana" que chegou a marca de 1.110.000 cópias de "Que Pais é Esse?", que trazia um bom Rock tradicional, feito de guitarra, baixo e bateria. Os "Paralamas" entram na mistura caribenha de "Bora Bora" e deixa o nosso rock para anos mais a frente.

Surge um grande representante do Punk neste ano, com letras politizadas e com dois vocalistas cantando juntos partes diferentes da letra, a "Plebe Rude" é uma das poucas renovações para o Rock Brasil a essa altura com "O Concreto já Rachou".

Os "Titãs", não lançam nada inédito, somente "Go Back", gravado ao vivo em Mountrex. O "Uns e Outros" explode com "Carta aos Missionários" mas as vendas não acompanham e a banda fica restrita a somente essa música.

1989 A Crise dos Grandes.

O "Barão" lança um "Ao Vivo", já que não tem material para um disco novo e precisa cumprir o contrato de um disco por ano. O "Capital" vem com "Todos os Lados" um disco até que razoável mas não obtem resposta do público e vende muito pouco. A briga entre Bozo Barreti produtor e tecladista da banda com os outros integrantes, fica mais aparente.

Cazuza dá seu último suspiro gravando "Burguesia". O último dele em vida. Os "Engenheiros" viajam na maionese e vão fazer uma turnê na Rússia!!!!!! Resultado: - Nada!!!



O "Ira!" vem com o inexpressivo "Clandestino". Paula Toller fica grávida e o "Kid" pára por dois anos. Quem está em alta é o "Nenhum de Nós" que tem "Camila Camila" estourada neste ano, fazendo o disco vender 210 mil cópias. Já os "Paralamas" vão mergulhando em experimentalismos com "Big Bang", onde o destaque é a balada "Lanterna dos Afogados" e novamente nada de Rock no disco.

Os "Titãs" estão afundados em uma mistureba chamada "Õ Blèsq Blom", que ninguém consegue entender direito.

O "Ultraje" lança "Crescendo", um disco que brinca com o fim da censura. O primeiro single tem um palavrão no refrão. Musicas como "Volta Comigo" falam de temas pesados como adultério. as rádios acabaram não executando estas musicas e o disco não vendeu bem.



Por Bruno Horta

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