No dia 13 de janeiro de 1869, a sua primeira polca foi publicada, chamada “Querida por todos”, dedicada à Chiquinha Gonzaga. Em 1873, Callado compôs “Lundu Característico”, que foi o primeiro lundu apresentado num concerto. Este fez tanto sucesso que ele foi nomeado para a cadeira de flauta do Império no Conservatório de Música. Em 1875, foram publicadas as polcas “Como é bom” e “Cruzes, minha prima!”. Neste mesmo período, Callado criou o primeiro grupo de choro. Inicialmente composto por dois violões, uma flauta e um cavaquinho.
O grupo começou adotando a polca-de-serenata, que trazia passagens modulantes em ritmo acelerado. No começo, o choro possuía improvisações, em que os violões criavam o ambiente para a flauta solar e o cavaquinho fazia um papel intermediário entre eles. Callado foi parceiro de Viriato Figueira da Silva, Ismael Correia, Lequinho e outros chorões. Era amigo do compositor de modinhas Chiquinho Albuquerque e do flautista belga Matheus André Reichert, que D. Pedro II contratou para animar os Saraus do Paço em 1859. Em 1879, Callado recebeu a mais alta condecoração do Império: A Ordem da Rosa. Um ano depois, no dia 20 de março de 1880, falece de meningo-encefalite perniciosa.
Depois de onze dias, foi colocada à venda sua última composição, a polca Flor amorosa (clique para ouvir a música). No dia 17 de dezembro de 1883, alguns músicos organizaram um festival e com a renda construíram um único mausoléu no cemitério de São Francisco Xavier para unir os restos mortais de Callado e Viriato Figueira da Silva, que faleceu em 1883. A transferência dos restos foi realizada no dia 27 de julho de 1885.
Obra completa:
Adelaide, quadrilha, s.d.; Ai, que gozos, polca, s.d.; ; Aurora, quadrilha, s.d.; Capricho característico, polca, s.d.; Carnaval de 1867, quadrilha, 1867; Celeste, polca, s.d.; Choro, s.d.; As cinco deusas, quadrilha, s.d.; Como é bom, polca, 1875; Como é bom o que é bom!, quadrilha, s.d.; Conceição, polca, s.d.; Consoladora, polca, s.d.; Cruzes, minha prima!, polca, 1875; A dengosa, polca, s.d.; A desejada, polca, 1880; Ermelinda, polca, s.d.; Ernestina, polca, s.d.; Familia Meyer, quadrilha, s.d.; Fantasia para flauta, choro, s.d.; Flor amorosa (com versos de Catulo da Paixão Cearense), polca, 1880; As flores do coração, quadrilha, s.d.; Florinda, polca, s.d.; Hermenêutica, valsa, s.d.; Honorata, polca, s.d.; Imã, polca, 1873; Improviso, polca, s.d.; Isabel, polca, s.d.; Laudelina, quadrilha, s.d.; Lembrança do cais da Glória, polca, s.d.; Linguagem do coração, polca, 1872; Lírio fanado, recitativo, 1882; Lundu característico, 1873; Manuela, quadrilha, s.d.; Manuelita, quadrilha, s.d.; Maria, polca, s.d.; Maria Carlota, polca, s.d.; Mariquinhas, polca, s.d.; Mimosa, quadrilha, s.d.; Não digo, polca, s.d.; Uma noite de folia, quadrilha, s.d.; O que é bom, é bom!, quadrilha, s.d.; Olhos de Ana, polca, s.d.; Pagodeira, polca, s.d.; Pagodeira, quadrilha, s.d.; Perigosa, polca, s.d.; Perigoso, choro, s.d.; Polca em dó maior, s.d.; Polucena, polca, s.d.; Puladora, polca, s.d.; Quem tocar, toca sempre, polca, s.d.; Querida por todos, polca, 1869; O regresso de Chico Trigueira, polca, s.d.; Rosinha, polca, s.d.; Salomé, polca, s.d.; Saturnina, quadrilha, s.d.; Saudade do cais da Glória, polca, s.d.; Saudades de Inhaúma, quadrilha, s.d.; Saudosa, polca, s.d.; A sedutora, polca, s.d.; Sete de novembro, polca, s.d.; Sousinha, quadrilha, 1869; Suspiro, quadrilha, s.d.; Suspiros de uma donzela, quadrilha, s.d.; Último suspiro, polca, s.d.; União comercial, polca, s.d.; Valsa, s.d.; Vinte e Um de Agosto, polca, s.d.; Vinte e Um de Junho, polca, s.d.
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